O propósito inicial do dízimo, dado por instrução de Deus ao povo de Israel no pacto da Velha Aliança, focava-se no sustento aos sacerdotes, levitas/músicos também, bem como as suas respectivas famílias. Se hoje o povo está lá fora para alcançarmos, e o Templo é quem está no Corpo de Cristo (ler Actos 17:24; 1ª Coríntios 3:16,7), a quem devem ser dados os dízimos? A Igreja "primitiva" resolveu a questão, ao terem tudo em comum (ler Actos 2:44,45).
Somos ou não totalmente de Jesus? Então TUDO o que temos pertence-Lhe e não somente 10%. Era isto mesmo que a igreja "primitiva" vivia - tendo TUDO em comum. TUDO e não é somente 10%. Na Nova Aliança pelo sangue de Jesus, não faz qualquer sentido ensinar-se acerca de ter-se que pagar, dar, sacrificar ou ofertar o dízimo, e por esta razão não aparece qualquer alusão a este ensino no Novo Testamento, que actualmente é prática comum nas comunidades da cristandade. O desafio é e sempre será vivermos verdadeiramente como Igreja, partilhando TUDO o que é de cada um, para que outros cujas vidas necessitem, possam melhorar os seus factores mínimos, e dessa forma aumentar o potencial uns dos outros: Crescendo juntos na estatura de Cristo em unidade prática no Espírito Santo, sobe o principio que Jesus nos ensinou: “...de graça recebeste, de graça dai.” Mateus 10:7 a 13
Reparem que 99% das denominações religiosas, que pregam acerca de se ter que dar o dízimo, quando um desempregado se torna num ex-dízimista, que nenhum daqueles que ao longo do tempo, receberam esses 10% de investimento no "reino", não retribuem quando a pessoa necessita, e a maior parte das vezes só se prometem orações, promovem-se unções hiper-especiais com óleos, e dão-se palmadinhas nas costas, dizendo que tudo vai ficar bem?!
A prática do dízimo na era da dispensação da Graça de Deus em Jesus Cristo, nada mais é do que dinheiro de sangue, sacrifícios e holocaustos desnecessários, oferecidos por Homens que ainda não reconheceram a totalidade da consumação da Sua obra de redenção na Cruz.
Voltemos à loucura do Evangelho, que nada mais é do que a vivência prática e simples do mesmo no nosso dia a dia. Quem tem a coragem de passar a viver assim, unicamente pela fé (confiança) em Deus e não nos homens e nos seus "dízimos"?? Se o propósito da semente é ser semeada para crescer e dar fruto, porque é que se há-de semear somente 10 sementes, quando se tem 100 no bolso?! Até eu que percebo pouco de matemática, percebo que a "colheita" será maior se enterrar as 100 ao invés das 10. Outra curiosidade, aqueles quem com a incorrecta interpretação, quando Jesus disse que não vinha abolir a lei, e ensinam acerca da necessidade da prática do dízimo, porque não ensinam sobre a prática da circuncisão?? Porque não têm coragem de colocar a pilinha à faca na mãos de outros sacerdotes, tão despreparados quanto eles para o ministério da pregação do Evangelho de Jesus Cristo.
Devemos viver por meio do trabalho das nossas mãos, e nunca pela via da subtil venda de riquezas espirituais, que o Espírito dá para o crescimento espiritual do Seu Corpo. Sim, as coisas custam dinheiro, mas a aquisição das mesmas não deve ser feita à custa dos irmãos, muito menos pela comercialização do Evangelho. Mercantilizar espiritualidade nada mais é que praticar feitiçaria; algo que os filhos de Deus em Jesus Cristo, não deveriam reproduzir.
Resumindo,
Existe gente hábil em marketing religioso, que de boca para fora dizem viver na dispensação da graça, mas depois ensinam sobre a necessidade de dar-se valor aos sacrifícios e holocaustos, quando na verdade Deus só deseja que pratiquemos a misericórdia. Jesus não ensinou nada acerca do dízimo, mas foi dizimado por nós e este Seu dízimo, é-nos suficiente!
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Por Hélder Reis Inocêncio
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