Como não criticar aquilo e aqueles que não se auto-criticam e logo não se aperfeiçoam?! Isso era o que os líderes religiosos mais os seus adeptos fanáticos da religião junto com os medricas hipersensíveis, queriam; esse é um ouro meu (minha liberdade de pensar, crer e de me expressar) sobre o seu altivo e arrogante azul que eu jamais lhes darei o gozo de possuírem ou de condicionarem.
A LEI TALIÃO NA ERA DA GRAÇA E DO AMOR,
A aplicação desmedida da "justiça" procede de uma visão pobre e diabólica relativa ao inquestionável valor da vida humana e só alguém com uma mente tacanha, uma alma doente pelo ódio e/ou um espírito intoxicado por manipulações religiosas (por exemplos os fanáticos e extremistas religiosos), é que contemplam como válido: o Olho por olhar; o Dente por mordida; a Mão por um toque; o Pé por pisada dada por descuido; a Tareia de colocar alguém em coma pelo encontrão involuntário; a Vida por um cartoon satírico ou por texto critico.
A lei de talião, do latim lex talionis (lex: lei e talio, de talis: tal, idêntico), também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação; mas não foi isto que Jesus ensinou quando disse: "Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém vos digo que não resistais ao mau; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra..." Blog d'Mateus, capítulo 5 versos 38 e 39
Os «cristões» e outros inconscientes não-crentes insensibilizados pelo relativismo da modernidade (em quem devido à multiplicação da iniquidade nestes o amor nestes se esfriou - Cf. Blog d'Mateus, capítulo 24 verso 12), que dizem «os cartunistas e jornalistas do Charlie Hebdo (jornal satírico parisiense) estavam a pedi-las», é porque no seu íntimo gostariam de ter sido eles a dar-lhes!
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: ISLÂMICA E TAMBÉM CRISTÃ,
Sei existirem "crentes" que racionalizam no silêncio das suas mentes que o deus-cristão terá «escrito certo por linhas tortas» ao usar-se de extremistas islâmicos no caso do massacre da quase totalidade da direcção do jornal parisiense Charlie Hebdo, para que não mais satirizassem a sua religião, instituição religiosa, conceitos (doutrinas religiosas), seus líderes e imagens representativas das divindades da sua cristandade anticristo.
"...indo os discípulos entraram numa aldeia de samaritanos para lhe prepararem pousada mas estes não os receberam porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém. E os seus discípulos Tiago e João vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las." Blog d'Lucas, capítulo 9 versos 52 a 56
* ...noutro contexto mas aplicado-o ao momento e assunto presente em que muitos crentes («cristões») repudiando o cobarde ataque ao jornal Charlie Hebdo vociferam cobras e lagartos contra os fundamentalistas islâmicos e porque compreendo o repúdio mas não compreendo o ódio no coração dos ditos-cristãos, faço a estes em forma de pergunta a mesma pergunta que Jesus fez aos discípulos: não sabeis de que espírito sois?!
Assim se vê e demonstra que o extremismo islâmico tem o seu paralelo na cristandade, em algumas (não poucas) pessoas e facções protestantes evangélicas; há também que estar-se atento aos fundamentalismos da «neo-inquisição». Assim se demonstra que a religião (qualquer que seja) não une a humanidade nem promove a paz ou consensos entre as pessoas e povos; antes divide amigos, famílias, etc. Erroneamente confunde-se religião com Amor; só O Amor e nada mais que o amarmos, unirá e promoverá a paz entre os Homens!
O QUE SIGNIFICA SERMOS CHARLIE,
A agressão verbal tal como a agressão contra a integridade física de alguém, são as armas comummente usadas pelos que não têm argumentos lógicos para rebater uma crítica e por quem tem a habitar dentro de si o deus-ódio (o diabo). Simples assim. Em suma, não discordo nem deixo de não discordar com cartoons satíricos às religiões ou com críticas desconstrutivas feitas às mesmas, seus icons, líderes religioso, doutrinas religiosas, etc.
Concordo com a liberdade de expressão e com: cartoons por cartoons ao invés da vingança; texto por texto ao invés da agressão; sátira por sátira ao invés da violência; crítica por crítica ao invés do terrorismos psicológicos ou outros; argumentos por argumentos ao invés da imposição da tirania por lavagem cerebral.
É por isto que surgiu o movimento #JeSuisCharlie porque é isto que significa o #SomosTodosCharlie - não é necessariamente concordar ou discordar, gostar ou não de certos conteúdos, mas respeitar o direito que TODOS têm à liberdade expressão das suas crenças e consciências não religiosas ou espiritualmente irreligiosas!
* parágrafo escrito pelo meu amigo Manuel Adriano Marques
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