Introdução,
Este é um modesto e "quase" «Tratado sobre o Divórcio», cuja abordagem deste assunto tão polémico na cristandade, será aqui feito de uma maneira simples, transparente, descomplexada e sincera, mas principalmente à Luz do Evangelho da Nova Aliança de Amor e Graça de Deus estabelecida em Jesus Cristo - Ele que é o elo interpretativo para a compreensão de todas as questões e escrituras inspiradas por Deus (a bíblia).
Bem, para clarificar o assunto em primeiro lugar quero deixar claro, que a bíblia é um livro que deve ser considerado, como um todo, porém é preciso entender o contexto de cada passagem, para extrairmos dela o que realmente Deus nos está a dizer. Algo que é de muito proveito e deve ser levado em consideração, em relação a este tema, está descrito em 2ª Timóteo 2:15, quando Paulo exorta Timóteo a "...procurar apresentar-se a Deus, aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade", a mim este texto diz-me, que é preciso manejar bem a Bíblia então, se existe uma forma de se manejar bem é porque existe uma forma de se manejar mal.
Existem coisas básicas que se devem saber ao estudar a bíblia, e elas são:
- Primeiro e óbvio, é que ela está dividida em dois Testamentos ou duas Alianças, e cada uma destas alianças foi firmada com um povo específico - a Antiga Aliança, foi estabelecida com o povo judeu e a segunda ou nova aliança, foi feita com a Igreja (Judeus, Gentios - Humanidade inteira).
- Segundo a bíblia, Deus sempre falou a apenas dois povos na terra. Os judeus e os gentios, mas sempre existiram 3 povos na terra: os gentios, os judeus e a Igreja. Ou se era judeu, ou se era gentio na Antiga aliança. Na Nova Aliança ou Nova Dispensação da Graça, só se é Igreja ou se é gentio. Então hoje, ou nós somos Igreja ou somos gentios porque, até os judeus hoje que não estejam em Cristo são considerados como "gentios", aqueles que não se tenham tornado filhos/povo de Deus por meio do Seu Filho O Messias.
- Um terceiro ponto a se considerar é que: Deus é bom e o diabo é mal/mau. Que Deus justifica e perdoa, e que o diabo é quem condena!
Perante isto, ao lermos a bíblia temos de entender o contexto para sabermos para que tipo de povo Deus está a falar naquela porção das Escrituras (Antigo Testamento), para depois enquadrarmos todos os assuntos, por meio d´Aquele que é o elo interpretativo de toda a palavra de Deus: Jesus.
Antes de mais, devemos não esquecer que o Antigo Testamento e a Sua Dispensação a da Lei (Velha Aliança), vai até ao momento em que Jesus morre e ressuscita - praticamente até que acontece a descida do Espírito Santo. Uma outra coisa ligada a este facto (que não é menos relevante e necessário sabermos), é que apesar de toda a história de Jesus constar do Novo Testamento, Jesus não viveu na Nova Aliança e sim na Velha - Jesus era judeu, e viveu todo o Seu ministério na época da Lei Mosaica (lei por Deus dada a Moisés para o povo Judeu). A Nova Aliança só foi estabelecida com o derramar do Sangue de Jesus. Então, Jesus morreu para estabelecer uma Nova Aliança de Deus com o Mundo. Assim e aos poucos, começamos a entender que Jesus falou principalmente aos judeus e os gentios que O ouviram, e foram alvo da misericórdia de Deus, por causa da ocupação de Israel por meio do Império Romano que abriu Israel para uma maior influência e presença gentilica. Mas a Igreja (Corpo Espiritual de Cristo - Pessoas que O Amam e seguem), de Jesus só foi estabelecida como Sua Noiva, depois da morte e ressurreição de nosso Senhor e Cristo!
Após esta breve e importante introdução, para percebermos em que contexto (O da Velha Aliança) Jesus ensinou e disse o que disse - pois Ele veio para cumprir com a Lei; passemos então analisar a questão do divórcio.
Visão Legalista (Dispensação da Lei) & Visão do Amor (Dispensação da Graça),
Em primeira instância, vemos Deus em Génesis 2:18-24 a estabelecer a união do homem com a mulher, o que se chamou posteriormente de casamento. Após o casamento, os dois se unem, saem da casa dos pais, e vão constituir sua própria família. No Velho Testamento porém, vemos Moisés a ter que estabelecer o divórcio em Deuteronómio 24:1-4. Uma coisa que tem de ser entendida aqui, é que a Lei Mosaica, nunca teve o poder de estabelecer regras sobre o mundo dos gentios (não Judeus), nem qualquer pessoa ou povo que vivia ao redor dos judeus, mas sim somente para eles. O que se passa aqui é o que está relatado em Malaquias 3, onde Deus diz que odeia o repúdio/divórcio.
Os estudos da Toráh e outros livros considerados pelos hebreus, explica que se os homens judeus se casassem e sem um motivo real, e válido em certa altura, separados-se ou "largandos" as suas mulheres, poderiam unir-se a outra deixando a primeira ou até segunda, terceira unida a ele - porém sem que ele a estivesse assumido como esposa; a anterior ou antecedente mulher, tinha a sua vida "empatada" por aquele homem, que era seu marido (no papel), mas entretanto não o era de fato - o que a impedia de continuar sua vida, pois estava ligada a este. Então Moisés, até por uma questão de "justiça" e protecção à mulher, estabeleceu que o homem que não quisesse mais a sua mulher, deveria dar-lhe carta de divórcio pois a partir daí, ela poderia se casar novamente. Na época de Jesus, os religiosos vieram indagar de Jesus, sobre o que ele achava desta lei de Moisés. Jesus então, respondendo AOS JUDEUS - o povo da Velha Dispensação/Antiga Aliança, estes que deveriam obedecer a Lei de Moisés, e não a todas as pessoas do mundo (os gentios), que no princípio Deus em relação ao casamento, não projectou que fosse assim. Foi sim, devido à dureza do coração do Homem, que levou Deus a permitir que Moisés estabelecesse aquela Lei em Israel - a lei de desquite ou lei sobre o divórcio. Um outro ponto questionado aqui a Jesus, foi o divórcio por "qualquer motivo".
Em segunda instância, Jesus diz.-nos que "qualquer motivo" não nos daria direito ao divórcio. O que dava o direito era a "imoralidade sexual", ou seja o adultério - Mateus 19:1-9. Temos porém, algo que é mesmo muito questionado principalmente no meio religioso Cristão (seja evangélico ou católico) - será o adultério mesmo a única justificativa para o divórcio?? Pois foi o que Jesus exactamente disse. Vamos então para as cartas Paulinas (escritas pelo apóstolo Paulo), que são os escritos também inspirados por Deus, já dentro da Nova Aliança - aquela que foi estabelecida no Amor e Graça de Deus através de Jesus, com uma nova raça na terra: A Igreja. Em Iª Coríntios 7:15-16, Paulo, coloca uma outra excepção para o divórcio... ele diz que "...se o cônjuge incrédulo, quiser "sair" da relação, o outro cônjuge fica desobrigado dos votos do casamento"; Ora vejamos: "Mas, se o(a descrente se apartar, aparte-se; porque o irmão ou irmã, não esta sujeito à servidão porque Deus chamou-nos para a paz."
Não nos esqueçamos na Nova Aliança/Dispensação em Jesus Cristo, que a Lei do Amor é aquela que deve «imperar» em todas as questões de dúvida, e naquelas outras circunstâncias em que se deva proteger a vítima e até mesmo o agressor, no caso de o mesmo se ter arrependido. Lembrem-se por exemplo que foi a Lei do Amor, que livrou Maria Madalena de ser apedrejada até à morte, por causa da acusação legítima de adultério que cometera e que segundo a Velha Aliança/Dispensação da Lei ela deveria ser apedrejada até à morte. Pois bem, como ficamos então: Ficamos na lei de Moisés ou com Nova Lei/Aliança de Cristo?! Se ficarmos na lei de Moisés, temos que começar também a apedrejar os(as adúlteros(as até à morte.
Em terceira instância, foi o próprio Jesus disse que veio para cumprir a Lei dada por Deus a Moisés. Mas só o Apóstolo Paulo explicou-nos que o cumprimento de toda a Lei era O Amor; aliás quando perguntaram a Jesus sobre qual seria a maior Lei de Moisés, Ele respondeu resumindo os Mandamentos e Leis, todas numa só: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Leiam Marcos 12:28 a 33); Mas Jesus pregou aos da dispensação da lei (os Judeus), e por isto Ele não iria necessariamente ensinar algo diferente do que Deus deu a Moisés, aliás algo complementar. Mas de facto Ele ensinou-nos algo aparentemente diferente, quando libertou a mulher adultera da morte certa (João 8:1 a 11). Jesus neste exemplo foi aos olhos dos legalistas e religiosas, contra a lei de Moisés. Será? Sim e Não. Porquê? Porque a Lei do Amor, até na Velha Aliança era maior e Ele veio-nos relembrar isso em Si mesmo, apresentando-se Ele mesmo como sendo Ele próprio a Lei do Amor que é mais alta, e a mais Elevada que qualquer Lei, inclusive as que foram dada a Moisés.
Digno é de relembrar, que Jesus não aboliu a lei do desquite/divórcio. Ele simplesmente a colocou no «lugar certo» em termos de interpretação e aplicação da mesma, assim como fez com todas as outras restantes Leis, colocando-as debaixo de Si mesmo, subjugando-as a Ele - Mateus 28:18: A Lei do Amor que há na Graça de Deus pelo Evangelho, e cujo Nome é Jesus!
Muitos acham que existem contradições entre o que Jesus disse e o que Paulo posteriormente afirmou, mas não. Jesus tratava do aspecto "legal" da lei de Moisés. Paulo trata também da questão legal, mas agora sobre a perspectiva da nova Lei estabelecida em Jesus - a Lei do Amor sobre a Nova Aliança no Seu Nome; a Dispensação da Graça de Deus. Agora em Cristo Jesus, temos o Amor de Deus derramando em nossos corações pelo Espírito Santo - Romanos 5:17, podemos ser um »1« mais pleno e unificado espiritualmente com o nosso cônjuge, coisa que não acontecia antes de Jesus; as pessoas tinham um coração duro e nunca conseguiram cumprir a lei mosaica - por Deus dada a Moisés.
A antiga aliança (dispensação da lei), foi cumprida em Jesus. Então a lei mosaica não está mais em vigor - assim diz o autor da Epístola aos Hebreus: "Mas agora alcançou ele (Jesus), ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda." Hebreus 8:6-7
Tanto é que, hoje qualquer pessoa, tanto judeu quanto gentio, para estar na Nova Aliança tem de nascer de novo. Assim, não existe uma lei, «biblicamente» falando para o casamento a não ser a lei dos homens, porém para nós os que estão em Cristo - a Igreja, esta lei e outras quaisquer devem ser estabelecidas debaixo da Lei do Amor. Hoje porem devemos ser igualmente cuidadosos ao casar, pois a palavra inspirada por Deus nos exorta a não nos colocarmos em jugo desigual com os incrédulos (quem não está em Cristo num relacionamento com Deus Pai); muitos entretanto crêem que por uma pessoa estar dentro da “igreja” denominação, e por ser membro dela que automaticamente é um crente em Jesus. Mas isto apesar de não ser garante de nada, muitos são os que se enganam a si mesmos e casam-se, pensando que aquele(a parceiro(a é/era um filho de Deus, mas afinal durante o relacionamento verifica ter-se colocado em jugo-desigual, e descobre no escolhido um filho do diabo. É preciso ser-se sábio e prudente, mas mais ainda ser-se guiado pelo Espírito Santo e não por emoções ou impulsos, porque a maior parte das vezes, o que sentimos não é verdade por não se tratar da plena vontade de Deus Pai, para as nossas vidas.
O que caracteriza então um incrédulo ou um ímpio? Um incrédulo ou um ímpio trata-se de alguém que não teme a Deus, que não obedece à Sua Palavra aos seus mandamentos - como vimos, à Lei do Amor. Porquê?! Porque na Nova Aliança, a Igreja tem somente uma lei - a Lei do Amor. O que «reza» a Lei do amor? "O amor não faz mal a ninguém, de sorte que o cumprimento da lei é o amor." Romanos 3:10 Tudo o que acontece na igreja (comunidade de pessoas que estão juntas em Nome de Jesus), não só o casamento mas em qualquer situação, tem de ser analisada à luz da Lei do Amor. O que quer isto dizer? Que, diante de qualquer situação ou circunstância, devemos fazer a seguinte pergunta: "O que é que O Amor faria ou dizia neste momento?!" João 13:34 diz-nos o que o Senhor Jesus disse: "Eu vos dou novo mandamento, vocês vão-se amar uns aos outros, não mais como se amam a si próprios (Jesus, sabia que eles não se amavam...), mas sim conforme Eu vos amei." Qual deve ser o padrão para esta questão do divórcio, ou outra qualquer questão? O ser ímpio ou o ser crente?! Existem muitos crentes, que comportam-se como ímpios e ímpios que vivem mais segundo a Lei do Amor que aqueles que se dizem crentes.
Devemos amar a pessoa e considerar todas as coisas, com o mesmo tipo de amor de Deus, averiguando e julgando tudo sobe o olhar do Pai. Alguns podem dizer: "Eu não posso fazer isto." Mas, Paulo regista no livro que escreveu aos Romanos, que para ninguém dizer que não poderia, Deus "...derramou o seu amor (amor do mesmo tipo do de Deus), dentro de nós pelo Espírito Santo que agora habita em nós...", então é só uma questão de escolha - escolher amar e permanecer no Seu Amor!
Qualquer casal por mais descrente que ambos possam ser, amando-se e respeitando-se integralmente, diante de Deus são tão unidos espiritualmente numa só carne e o seu matrimónio tão válido, abençoado e prazeroso ao olhar do Pai, quanto qualquer casamento existente entre crentes/cristãos, discípulos de Jesus.
No caso de ambos os cônjuges serem "cristãos", em 1ª Timoteo5:8 Paulo diz-nos que "... se alguém não tem cuidado dos da sua família, negou a fé e é pior do que o incrédulo". Paulo está a dizer-nos que uma pessoa pode se dizer cristã, mas, se não está a cuidar das pessoas de sua própria casa, ela está a agir de forma igual ao que um ímpio age. Cuidar em todos os aspectos do cônjuge é cuidar ao nível: emocional, físico, espiritual, sentimental, emocional, sexual, etc. Jesus, chegou também a tratar de forma muito específica, o fato de uma pessoa estar a errar/pecar, vemos isto em Mateus18:15-17, dizendo que esta pessoa tem de ser "repreendida" pela pessoa ofendida, e se depois por esta não se tiver emendado, que o agredido deve levar consigo uma testemunha, e depois outra e por toda a igreja se mesmo assim, ela não se arrepender e mudar, então a pessoa em causa deve ser considerada como um gentio ou ímpio, por facto de o(a agressor(a ter uma conduta de incrédulo, vivendo de forma pior que um infiel. Um ímpio não precisa de ser necessáriamente e só, um incrédulo. Comportamentos de ímpios é o que não falta no meio dos crentes, agregados aos religiosos denominacionalismos antropocêntricos do cristianismo!
Nesta situação, o cônjuge cristão deve andar em amor, mas deve também julgar com sabedoria toda a situação. O ideal de Deus para o casamento está descrito por Paulo em Efésios 5:18-25. Um bom casamento não acontece "por acaso", há que se investir "a vida" nele. Tem de se trabalhar para existir um bom e feliz casamento. Mas se só um trabalhar e investir, torna-se impossível a existência e continuidade do matrimónio.
Como ficamos então no caso de um dos cônjuges não ser filho de Deus? Fica-se igual, caso os dois o fosse. Ora vamos analisar minuciosamente o texto que Paulo escreve aos Coríntios, ainda sobre este assunto - "Se algum irmão tem mulher descrente e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. Mas, se o(a descrente se apartar, aparte-se; porque o irmão ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz." 1ª Coríntios 7:12-15
Para entendermos completamente este texto, precisamos perceber o que significam todos os termos e conceitos nele presentes, e assim veremos o enquadramento de forma abrangente. Ora vejamos...
1º ARGUMENTO,
O que significa consentir em habitar? A Palavra habitar significa "Ter a sua residência em" e "Estar presente em". Noutros textos, a palavra "habitar" é traduzida por "coabitar". Consentir em habitar, significa muito mais do que só viver dentre de "4 paredes". Tem a haver com potenciar um relacionamento de amor, paz e harmonia familiar. O cônjuge que não o faça e que seja por exemplo um agressor físico, verbal ou conjugal (pelo adultério), apesar de poder querer continuar a viver maritalmente, não está a coabitar com propósitos de construção de um lar feliz. Às vezes tanto o(a agressor(a como o agredido(a, consentem em coabitar num mesmo lar onde não mais resta que a indiferença e a agressividade, acontecendo isto por desejo de controlo e manipulação de subjugação - algo feito por agressores que têm problemas com a auto-estima e que fazem da violência no outro, a forma de descarregarem adrenalina ao seu cérebro para que se sintam compensados, tal e qual um adito a drogas também faz.
Por outro lado, a(o vítima(do por vezes fica no lar, devido à sua auto-estima estar de tal forma em baixa, que por medo do agressor(a receia distanciar-se com medo de que isso aumente a agressividade, ou também por motivos financeiros estar dependente da pessoa que afinal de contas, só demonstra que o(a odeia. Em qualquer um dos casos, ficar num "descasamento" não é a solução. Porquê? "...porque o irmão ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz." 1ª Coríntios 7:12-15
Infelizmente, são muitos os filhos de Deus que se deixam permanecer, em casamentos destrutivos e destruidores até dos filhos, os quais testemunham a agressividade de um dos pais, o que lhes causará danos e traumas na alma bem como distúrbios de personalidade. E permanecem por causa da culpa, que a religião ou a visão deturpada que têm de Deus - pensando que se divorciando, nestes casos estão a cometer pecado para a morte. São imensos os casos de filhos, que também passaram a ser agressores, outros que permitiram-se a ser vítimas e outros ainda que se refugiam no álcool e drogas, pelo facto de não terem recebido amor em sintonia e exemplos de convivência saudável, por parte dos pais - tudo porque ou um não se arrependeu, ou o outro que era vítima, não se libertou e permitiu que o clima de guerra permanecesse ao longo dos anos - logo, foi tão culpado quanto o agressor, por não ter liberto os filhos desse cenário horrível.
2º ARGUMENTO,
"Porque o cônjuge descrente é santificado pelo(a crente (...) e os agora filhos são santos." Por outro lado, existem os casais como o texto indica, um ser descrente que apesar de não conhecer o Senhor, trata-se de alguém que por amar e permitir-se ser amado, sendo uma pessoa dedicada à construção de felicidade no seio familiar, que pelo facto de ser descrente o cônjuge crente não deve apartar-se do mesmo, visto que apesar de não conhecer o Senhor intimamente o descrente manifesta pelo Amor, características do carácter de Deus as quais são um bom indicio de ser alguém passível, de que com o tempo e pelo testemunho dado, vir a entregar totalmente a sua vida a Jesus.
Num lar assim, onde apesar do cônjuge ser descrente, existindo filhos verão o amor crescer entre os seus pais e este testemunho neles de harmonia, paz e unidade nesse amor serão o motivo pelo qual eles serão santificados por Deus, pois estão a ser ensinados por ambas as partes, a viverem como santos - sendo justos, amigos, companheiros, bondosos, apaziguadores. Mas quando o contrário acontece, e os filhos só vêm agressão e divisão, a santificação dos mesmos, torna-se algo difícil e impossível de acontecer, por mais esforço que o cônjuge crente faça, pois não é atractivo por não ser um "mover" de união, mas sim "partidário", quando apenas um dos cônjuges o potencia.
A união e sintonia é que corroboram toda a acção de educação, o restante, só traz descrédito e dúvidas. Por isto é que também um cônjuge crente, uma vez casado com um descrente ou até crente que seja agressor, por uma questão também de bom testemunho não deve permanecer deixando-se ser agredido(a, pois este ambiente não é bom para os filhos e só os educa à agressividade ou passividade perante a agressão. Porquê? "...porque o irmão ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz." 1ª Coríntios 7:12-15
3º ARGUMENTO,
"Mas, se o descrente se apartar, aparte-se." Ora queiram-me os religiosos desculpar a minha sinceridade mas isto é válido até para o caso do crente que se queira apartar. Vejamos então o que significa portanto a palavra “apartar”: Escolher; Separar; Afastar; Dissuadir; Desviar-se; Desquitar-se.
Qualquer cônjuge, crente ou descrente que escolha adulterar, já está a apartar-se; melhor: depois de ter o concretizado, já se "apartou". Qualquer cônjuge, crente ou descrente que passa a agredir o outro, verbal ou fisicamente já está completamente "afastado" do amar. Quem pratica este tipo de actos, é porque verdadeiramente já não ama e desviou-se completamente do amor. O cônjuge agressor, seja ele crente ou descrente não está a amar mas sim a odiar e a bíblia diz que aquele que odeia é um homicida. Este comportamento demonstra um total "desquite", o que em termos espirituais diante de Deus, significa que já existir um divórcio espiritual, por mais ou menos relacionamento sexual que até possa existir. Por mais duro que o seja ouvir isto, digo-vos que a partir do primeiro acto de adultério ou agressão, e em que não houve pedido de desculpas, ou até que por mais desculpas pedidas, não tenha havido arrependimento e mudança, (tanto que os actos de agressão, adultério e outras faltas de respeito continuaram), é porque desde esse primeiro momento diante do Pai já estás espiritualmente divorciado do teu cônjuge.
Então se o crente ou descrente, quiser viver assim de tal forma "apartado", o cônjuge que é vítima destas agressões, faltas de respeito e consideração também não deve permanecer como "saco-de-boxe" do outro - diz o sábio Salomão: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida." Provérbios 4:23
4º ARGUMENTO,
"...o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz." Ora esta parte do texto, explica-nos tudo quanto o que Deus por meio de Jesus nos veio dar. É comum aos crentes chegarem ao ponto de saturação e cansado tal de conselhos e opiniões de outros que estão a passar pelo mesmo sofrer, quando nos dizem coisas tais como: "tem fé e esperança"; "espera em Deus e confiamos no Senhor"; "clama pelo Seu auxilio"; "o divórcio não é da vontade de Deus"; "as coisas vão melhorar"; etc. Mas que nem cuidados paliativos têm sido, e que no que toca à nossa situação, apesar de tantas vezes o termos feito, não têm surtido qualquer efeito, pois o problema além de também ser de origem espiritual, só Deus, nós e poucas pessoas, compreendemos o quanto o nosso cônjuge também se encontra doente ao nível emocional e mental.
Deus chamou-te para a paz, por isso não tens porquê continuar num lar e num casamento onde a guerra aconteça, onde estejas a ser agredido(a verbal, física e conjugalmente (por adultério). A grande diferença e questão é que os outros e nós mesmos, não queremos por vezes entender, que o desgaste é tal, que nos acabamos por sentir de tal forma fragilizados, sem forças e capacidades para continuar a resistir às desmedidas agressões verbais e psicológicas. Começamos a não nos reconhecermos interiormente, tal é o impacto na nossa alma; sentimo-nos doentes, com náuseas e anseios de morte inclusive.
Melhor é muitas vezes, optar pela solução de separar e divorciar, para não correr o risco de um dia sermos mortos às mãos do agressor, ou cegarmos e cometermos alguma loucura, que prejudique a outrem ou a nós mesmos. As prisões estão cheias de pessoas, que suportaram casamentos por causa do que a cultura e a religião diziam, mas um dia houve em que se descontrolaram e passaram de agredidos a agressores homicidas.
Vocês em Jesus não têm por quê estar mais sujeito(as à servidão, pois não fostes chamados(as a permanecerem em trevas ou debaixo de um mesmo Jugo e Fardo pesado, que Jesus vos tirou para viverem uma vida abundante, feliz n´Ele. O Jugo e o Fardo de Jesus é suave e leve. Ele não morreu e ressuscitou na cruz, para que vocês voltassem a serem escravos(as mas sim para serem livres e terem como Senhor e vosso Marido, Esposo o próprio Jesus. Qualquer tipo de escravidão ou servidão, a algo que não tenha a haver com quem Jesus é, estares a colocar-te sujeitos à servidão ilegal, a qual Deus em tempo algum pediu-vos para que vocês se submetessem. Permanecer casado(a em “união divorcial” onde acontece agressões continuas, faltas de respeito e outras humilhações, isto sim é que é pecado!
Diante de ti, se és vítima de agressões e adultério, tal como eu fui, percebe que tu tens: A morte ou o divórcio. Eu escolhi o divórcio, pois "morto" já estava eu pelo martírio que vivi e não conseguia mais suportar. Tu precisas de viver em Graça e Paz, por isso liberta-te de todos os jugos de ódio, agressão e manipulação. Os teus filhos, precisam também de ter um(a mãe ou pai que se ama, tem auto-estima e sabedoria emocional pois tu serás pelos bons e maus motivos o exemplo para eles.
O teu cônjuge, também necessita que deixes de ser a sua vítima, pois também a tua permanência pode justificar a continuidade, por hábito, de ser agressor. Se não romperes com esse inferno, ele(a não se irá questionar para a mudança/arrependimento, e pelo contrário continuará a ter em ti um motivo para continuar a ser quem é. A guerra acaba, quando um dos inimigos sai da batalha. Pelo menos, tu tens a responsabilidade de cuidares de ti e libertares-te dessas amarras de guerra e destruição. Por seres o Templo do Espírito de Deus, também tens que cuidar da tua alma/emoções, além do teu corpo e como tal se vives num relacionamento como anteriormente foi descrito, sabe que diante do Pai tens toda a legitimidade para te divorciares no papel, pois espiritualmente já não existe nada, nem amor conjugal.
PERGUNTAS & RESPOSTAS FUNDAMENTAIS, SEGUNDO A NOVA ALIANÇA & LEI DA GRAÇA E AMOR DE DEUS A NÓS DADA POR SEU FILHO JESUS O MESSIAS:
- Deve um homem ou mulher permanecer num "casamento" quando a(o sua(eu esposa(o coloca continuamente o bem-estar físico e emocional do(a outro(a em risco emocional, mental e físico? Resposta: NÃO!
- Uma conduta de agressões físicas e verbais, sendo semelhantes à de um incrédulo(a e piores do que um infiel, não acabam também por ser tão gravosas quanto a de uma traição extraconjugal? Resposta: SIM!
- Qual dos cônjuges é responsável ao nível espiritual diante de Deus, pelo divórcio sobe a acusação moral de «adultério espiritual» cometido por meio das egoístas expressões de ódio homicida, concretizadas em agressões verbais e físicas? Resposta: O(a cônjuge que as praticou!
- O(a cônjuge vítima dos abusos de confiança, traição/adultério e/ou agressões físicas e verbais, poderá diante de Deus e com a Sua benção, reconstruir a sua vida com uma nova união numa só carne - matrimonio? Resposta: SIM. Ninguém tem que ficar refém do passado e todos temos uma segunda/terceira/quarta, oportunidade para podermos ser felizes!
- O(a cônjuge responsável pelos abusos de confiança, traição/adultério e agressões físicas e verbais, poderá diante de Deus e com a Sua benção, reconstruir a sua vida com uma nova união numa só carne - matrimonio? Resposta: SIM. Mas só caso se tenha verdadeiramente arrependido e transformado do mal que fez. Se você foi ou é um(a cônjuge agressor(a, procure além da transformação espiritual, mental e emocional em si com a ajuda de Deus, também a ajuda de um terapeuta na área da psicologia. A experiência dos exemplos práticos diz que pessoas agressivas, necessitam de bastante tempo para se reconstruir e tornarem-se pessoas capazes de ter e gerir saudavelmente, relacionamentos de proximidade e intimidade. Não aconselho ninguém a tentar refazer a sua vida, na expectativa de que "agora sim eu vou ser um(a cônjuge melhor." Os agressores, em alguma parte da sua vida na infância e juventude, foram eles(as também vítimas de agressão, e como disse o processo de transformação é possível, mas longo. O melhor que você tem a fazer para já é tratar-se e não expor ninguém à sua personalidade e carácter agressivo. Fique quieto ao nível sentimental e matrimonial, durante uns bons anos mas não se refugie na culpa e procure terapia!
- O(a cônjuge responsável «só» por adultério, após ter-se divorciado espiritualmente do seu cônjuge tenha-se arrependido verdadeiramente diante de Deus, poderá voltar a contrair uma união matrimonial espiritual numa só carne e ter a benção e o favor de Deus, com o seu cônjuge inicial ou outro(a parceiro(a? Resposta: SIM. A acção do perdão em amor, seja da parte de Deus como da parte do cônjuge ofendido pelo acto sexual extraconjugal, para com o cônjuge culpado em caso de verdadeiro e genuíno arrependimento, restaurará espiritualmente a vida deste - Jesus ensinou: "Aqueles a quem perdoares os pecados, lhe serão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos." João 20:23; Ora se o cônjuge ofendido perdoar com o intuito de restaurar o casamento, desde que haja interesse e compromisso da parte do cônjuge que traiu, o pecado em causa será largado no mar do esquecimento (Miqueias 7:18,19 & Isaías 43:2 "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro." Resumindo, diante de Deus a transgressão que rompeu e extinguiu com a "uma só carne" - "o divórcio espiritual" como lhe chamo, é apagada. Contudo as implicações da mesma, ou melhor dizendo as consequências no matrimónio, tais como a insegurança, mágoa e falta de confiança permanecem, mas com dedicação diligente de ambos numa relação mútua onde haja sinceridade, genuíno perdão e amor em Deus, é possível restaurar-se e religar-se espiritualmente os cônjuges numa só carne - o matrimonio espiritual. Mas para isto vão precisar além da dedicação de ambos, de viverem os dois para Deus e terem também a ajuda de um conselheiro matrimonial de confiança (psicólogo, ou outro) que tenha uma enraizada e profunda visão do Evangelho do Amor e Graça de Deus que nos é acessível por Jesus Cristo.
- O(a cônjuge que se queira divorciar com a única desculpa e razão de facto, de que em relação ao seu cônjuge, o(a deixou de amar tem legitimidade para o fazer? Resposta: NÃO. Mas se conversar com o cônjuge que você diz já não amar e este quiser divorciar-se de si por esse motivo por si anunciado, ele(a sim o pode. Porquê: O amor é o vínculo de toda a união espiritual. Se você deixou de amar, acabou por passar a amar-se mais a si próprio, a outrem ou alguma coisa mais do que ao seu cônjuge - a isto eu tenho legitimidade pelo Evangelho e restantes escrituras inspiradas por Deus, de dizer-lhe que você é culpado(a moral de «adultério espiritual». Ou você deixou de amar, porque deixou de investir, e por favor não se desculpe com o outro pois num casamento as «culpas» também são a dividir pelos dois; ou então você encontrou outra pessoa ou coisa mais atraente para você amar, ao ponto de não querer continuar mais casado(a. Se o fez, mais uma vez você estará a ser culpado(a moral de «adultério espiritual», porque o egoísmo (interesses próprios), destrói qualquer tipo de ligação espiritual e de amor. O egoísmo e os interesses próprios, não destruíram a relação de Adão e Eva com Deus?! Se o egoísmo pode destruir uma relação de intimidade com a divindade, também pode destruir uma relação de intimida de com o seu cônjuge.
- O(a cônjuge que ainda não tenha adulterado, e perceba que pelo seu adultério acontece automaticamente um divórcio espiritual diante de Deus, tem legitimidade para se divorciar e assim ficar livre para casar com a(o seu amante? Resposta: NÃO. Aquele(a que se constitui agressor(a consciente à Lei de Deus, faz-se a si mesmo de condenado(a pela Lei (Gálatas 2:18). Mais, usar conscientemente aspectos da graça existente da própria Lei de Deus, para ir contra a Sua Lei e esperar que Deus em Cristo, espiritualmente compactue consigo ou o venha a perdoa-lo(a caso queira voltar para o(a cônjuge por remorsos - sim, porque alguém assim tão egoísta, manipulador(a para levar avante os seus próprios interesses, não tem como se arrepender, pois segundo sua consciência pode-se servir de Deus, da Sua Lei , Graça e Amor com um utilitário, ao invés de colocar diante d´Ele como seu servo. Não só quem age, mas também quem pensar assim, a respeito destes(as assim nos dizem as escrituras: "Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados; mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo." Hebreus 10:26-31
- E se o cônjuge tiver adulterado com alguém do mesmo sexo, ter-se-à unido espiritualmente a essa pessoa para que tenha existido um verdadeiro e pleno adultério? Resposta: SIM. Adultério é adultério. Seja com pessoa de sexo diferente ou mesmo sexo o adultério no seio do matrimónio «desliga» espiritualmente os cônjuges. E mesmo no caso da homossexualidade, sim também existe uma união espiritual, mas a mesma não é espiritualmente legal diante de Deus visto Ele ter criado a espécie para se procriar, multiplicar e gozar a plenitude do amor entre macho e fêmea, pela via da complementaridade dos seus «opostos sexuais - macho mais fêmea» e não dos seus semelhantes. A esse tipo de união espiritual, à qual a bíblia chama de «abominante - contrária, oposta, não natural (desvio)», eu identifico como sendo uma «união espiritual desviante». Em caso então de um adultério homossexual/lésbico, existe legitimidade para um divórcio consciente diante de Deus.
Caso é um caso, e tudo quanta exista além destes exemplos dados nestas perguntas, têm de ser analisados e vistos segundo o olhar do Amor e Graça de Deus, por meio de Cristo que em nós habita pelo Seu Espírito Santo.
Conheço casos de casais e casamentos (cônjuges crentes e não crentes), que conseguiram sobreviver a um episódio de adultério por parte de um dos cônjuges e hoje são felizes. Mas para tal foi necessário verdadeiro arrependimento e verdadeiro perdão - algo só possível em quem se entregue a ser guiado pelo Amor. Infelizmente o mesmo não se pode dizer a respeito de quem tem por hábito ser adultero(a ou agressivo(a. O meu conselho no mesmo Evangelho é simples: Sai e livra-te da constante ameaça de morte emocional e física, que estás exposto(a - Deus conhece e aceita que te divorcies legalmente (diante dos homens), de um casamento que já não existe, ou se calhar nunca existiu ao nível espiritual!
- Conversar com o teu cônjuge, e perguntar-lhe o que ele quer fazer da vida dele. Se ele diz estar arrependido e quer investir no casamento, procura já aconselhamento matrimonial com um(a psicólogo(a;
- Se ele(a não quer investir e procurar apoio, não ameaces com o divórcio e procura primeiro um(a advogado(a para perceberes todos os teus direitos. Acima de tudo, tenta fazer e tratar de tudo em paz, mas protege-te quantos aos direitos que tens e não abdiques deles. Além de mereceres uma compensação por tantos anos seres vitima de agressões, os teus filhos precisam que o/a progenitor em causa esteja bem. E em caso de filhos menores, não é bom que fiquem com o pai/mãe agressor.
- Contacta com familiares ou amigos, para saíres de casa pois continuar a viver num clima de agressão, não é bom primeiro para ti;
- Se após o pedido formal de divórcio pelo teu advogado, o teu cônjuge parecer ter acordado dá-lhe só mais uma única oportunidade. Coloca-lhe termos e objetivos claros, onde ele(a tem de mudar. Ouve também alguma queixa a teu respeito. Por vezes o dizer que não se quer divorciar e prometer que tudo vai ser diferente, é mudanças “de boca para fora”, dependendo de quais tenham sido os erros, bem como a personalidade da pessoa em causa - se até “agora” ele(a não mudou, as promessas não garantem que algo novo vai acontecer. A pessoa deve mudar naturalmente porque quer e não porque é “obrigada” ou coagida a tal;
- Toda e qualquer decisão, toma-a pelo Espírito Santo de Deus que nos guia a toda a verdade. Se te casaste pela tua própria cabeça, não te divorcies também só pela tua cabeça. Inclui o Senhor em tudo!
A opinião de uma Jurista - Drª Telma Karla Kidman,
"Como profissional da área do Direito, creio que a Igreja/Religião é uma das piores conselheiras nos casos onde os casais não se entendem, qualquer que seja a razão. Alegam a indissolubilidade do matrimônio diante de Deus e dos homens, obrigando pessoas a estarem unidas por um vínculo meramente legal. Suas almas, corpos e espíritos já se apartaram, se é que alguma vez estiveram unidos, e forçá-las a permanecer no engodo de uma mentira legalizada leva a atos desesperados de brigas, discussões, traumas nos filhos, (quando existem) violência doméstica e suicídio. Não creio que Deus, que não quer que nenhum se perca e que a todos ama, queira que duas pessoas fiquem desgraçadamente "atadas" até que a morte física as separe. Sempre que o aconselhamento e a reconciliação é possível, tanto melhor. Caso contrário, o melhor é separar do que viver em contendas."
Testemunho de alguém que já passou pelo divórcio e refez a sua vida,
"Esta é uma abordagem muito corajosa sobre o assunto. O casamento é uma aliança de amor entre duas pessoas e o amor é a base do nosso relacionamento com Deus e os demais, e por isso deve ser uma expressão máxima deste amor dinamizador entre um casal. Gostei muito do artigo. Amar é satisfazer mutuamente as nossas necessidades, porque é isto que nos traz grande satisfação e um sentido profundo de bem estar. Privar, abusar, usar, agredir etc. leva a morte emocional, espiritual e até física em alguns casos. Deus é vida e amor." por Karla McMurray
Finalizando em síntese a reflexão sobre a legitimidade do Divórcio na Nova Aliança,
Sejam quais forem as tuas dificuldades, o Pai irá guardar-te debaixo das Suas asas. Não temas as promessas de mais agressões, e caso ele(a te ameace, O Senhor sabe de todas as coisas - quem és o que se passou e a Seu tempo tudo será esclarecido diante dos demais.
Não será fácil decerto, iniciares esse processo de rompimento legal mas tal qual uma criança nasce e sofre o nascimento, assim acontecerá contigo e em breve não mais te lembrarás do sofrimento, pois o próprio Senhor irá sarar as feridas que tens na alma. Por fim, cabe dizer que por mais razões legítimas que se tenham para nos divorciarmos, Deus nunca se alegra com o mesmo. O divórcio em tempo algum será uma boa solução, mas existem casos em que o mesmo, trata-se da única saída alternativa viável, para a continuidade de uma caminhada de vida física, mental e emocionalmente saudável. Eu próprio já me divorciei duas vezes - infelizmente, e continuo a não concordar com o divórcio, mas no mundo em que vivemos, melhor é este "escape" do que morrer por definhamento emocional, o qual contagia todos quantos estão à nossa volta, principalmente os filhos que vêm sendo testemunhas e participantes deste inferno. Havendo então possibilidade de preservar todos deste sofrimento, há mais que razões e apoio de Deus por meio das escrituras inspiradas por Ele, para que nos divorciemos no papel e na alma após o nosso cônjuge pela sua conduta já se ter divorciado espiritualmente de nós.
Neste texto decerto que não abordei todas as possibilidades, pois o meu interesse foi só o de colocar pelo Evangelho do Amor e Graça de Deus por meio de Jesus Cristo, o correcto ensino sobre o divórcio. Contudo, caso tenhas outras questões, tem o à-vontade para as colocar.
É IMPORTANTÍSSIMO QUE SAIBAS DA MINHA PARTE,
Seja quais forem as tuas dúvidas, e o que necessitares e eu possa ajudar, que desde já podes contar totalmente comigo para qualquer aconselhamento, esclarecimento e acompanhamento no teu processo de cura e restauração; pois duas cabeças são sempre melhores que só uma a pensar, ainda para mais quando eu próprio, infelizmente já passei por aquilo que estás a passar e por isso consigo perceber-te muito bem!
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por Hélder Reis Inocêncio
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