Existe uma crença forte, difundida entre as igrejas e templos criados pelo homem em que devemos compartilhar com as instituições parte de nosso dinheiro. Os ditos “líderes” espirituais e auto intitulados de “pastores” do rebanho do Senhor, afirmam que todos nós somos devedores perante Deus, e que os nossos dízimos são como que uma "garantia de pagamento" do que devemos ao Senhor. Pagar o dízimo hoje, é o reconhecimento de que somos devedores e não "proprietários" da Salvação a nós dada gratuitamente por Deus em Cristo que a consumou. Ainda, na sua visão deturpada afirmam que quando um crente não paga os dízimos, põe de manifesto o que existe em seu coração: uma pobreza interior, chegando até a amaldiçoar com maldições bíblicas fora do seu contexto cultural, histórico e dispensacional (eras).
"Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias e meses, tempos e anos. Receio de vós que não haja trabalhado em vão para convosco." Gálatas 4:9 a 11
A palavra dízimo no Antigo Testamento vem de «ma‘aser» e significa "décima parte". Geralmente estava relacionado ao pagamento de um décimo dos frutos da terra e dos animais criados. A origem da quantidade pode estar relacionado ao sistema de contagem decimal, baseado nos dedos das mãos e também ao fato de que dez é em si mesmo considerado na antiguidade como sendo um número perfeito, além de ser a soma de dois outros números considerados sagrados, e perfeitos: 7 mais 3. Contudo, a "ideia" do dízimo veio do próprio Deus e foi por Ele ordenado ao Seu Povo (Israel), entre os quais existia um grupo (tribo) especial, a qual era a única que tinha o aval de Deus e o direito de receber os dízimos entre o povo (Ler Hebreus 7:5). Só os filhos de Levi (a tribo de Levi, também chamada de Levitas ou Sacerdotes Levíticos , tinha ordem/autoridade dada por decreto e Lei por Deus dada a Moisés, e não segundo a lógica religiosa dominante hoje em dia na cristandade protestante evangélica. Só aqueles que são da Casa de Levi (tribo de Levi) é que têm ou melhor tinham ordens para receber os dízimos dos seus irmãos Israelitas (Ler Números 18:21 a 28).
O dízimo nos moldes que nós vemos no Antigo Testamento (Antiga Dispensação - Antigo Pacto), não é mais aplicável nos nossos dias (Nova Dispensação - Novo Pacto em Cristo). No Novo Testamento só há unicamente legitimidade para existirem ofertas voluntárias para sustentar aqueles que a tempo-inteiro se dedicam a tempo-inteiro, em tornar O Evangelho de Deus (O Messias), conhecido mas mais para abençoar os irmãos em necessidade. A Epístola aos Hebreus, principalmente nos capítulos 8, 9 e 10 (por favor leia-os e medite neles após a leitura deste estudo), deixa bastante claro que todas as cerimónias do Antigo Testamento foram abolidas com a vinda de Cristo e o Seu Sacrifício redentor na Cruz, pois elas apenas tipificavam Aquele que viria, eram sombras da realidade absoluta que é Cristo. Além de nessa epístola, Paulo também fala constantemente sobre a abolição das cerimónias do Antigo Testamento no Novo Testamento, mas vejamos o que autor da Epístola aos Hebreus, nos diz: "Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar." Hebreus 8:13
Em Jesus Deus estabeleceu uma Nova Lei (Ler 1ª Coríntios 9:20-22; Gálatas 6:1-3; Hebreus 7) e um Novo Sacerdócio para Toda a Humanidade (Ler Mateus 28:18), logo uma Nova Aliança como bem sabemos - Disse O Messias: E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo "testamento no meu sangue, que é derramado por vós." Lucas 22:19-20. Contudo muitos religiosos no cristianismo fazem-se passar por falsos judeus - "Conheço as tuas obras (...) e a blasfémia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás..." Apocalipse 2:9. Estes, propositadamente tentam "ressuscitar" a Antiga Aliança e o seu sacerdócio Levítico, mas esquecem-se que inclusive ao momento da morte de Jesus "...que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras..." Mateus 27:51; ora este evento do rasgar do Véu que separava o Sumo Sacerdote Levita do Santo dos Santos, onde se manifestava a presença de Deus, explica-nos que o acesso ao Pai está hoje livre e é segundo o Sacerdócio Universal do Crente Discípulo de Jesus. Assim, cada vez que os Judaizantes pós Modernos (Messiânicos), tentam retomar as práticas, festas e Sacerdócio Levítico é como se estivessem a cozer o Véu rasgado milagrosamente pelo próprio Deus, que em Cristo abre alas para a presença de qualquer pessoa, de qualquer tribo e nação que diante Ele deseje estar como Adorador.
Para quem foi dada a Lei/Pactos/Cerimónias do Antigo Testamento,
Assim, a questão é determinar se o dízimo fazia parte da lei cerimonial ou da lei moral. A lei moral é permanente (Ler Mateus 5:17,18) e a cerimonial, como eu disse acima, é transitória. Quando analisamos o Antigo Testamento percebemos que o dízimo estava totalmente ligado ao sistema sacrificial daquele tempo, e havia vários tipos de dízimos (Ler Levítico 27:32; Deuteronómio 12:6 a 17; 14:22 a 28; 26:12). Estando dessa forma ligado aos sacrifícios e ao sacerdócio veterotestamentário (Antigo Testamento), o dízimo como era praticado no Antigo Testamento é impraticável nos dias de hoje. Assim, ele está incluso dentro da lei cerimonial e, dessa forma não é mais aplicável no Novo Testamento.
"Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos." Malaquias 4:4
A Lei de Moisés é para "TODO o Israel", incluindo a Lei do Sacerdócio - o Sacerdócio Levita - "E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem (direito), segundo a lei de tomar o dízimo do povo, isto é de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão." Hebreus 7:5; São dozes as tribos que têm herança na terra de Canaã, mas a herança da tribo de Levi é unicamente os dízimos dos seus irmãos, as restantes outras 11 tribos - "E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação." Números 18:21. Isto diz-nos que só aqueles que são Sacerdotes da tribo de Levi, é que têm o direito, a ordem, a legitimidade de "retirar" os dízimos aos seus irmãos Hebreus e não aos outros povos; mas em Cristo houve uma mudança na Lei e logo no Sacerdócio - "Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei." Hebreus 7:12
Nem um sacerdote do sacerdócio da Tribo de Levi, hoje teria qualquer legitimidade segundo a Lei de Moisés para "cobrar" ou receber os dízimos entre nós, os gentios. Muito menos, nenhum dos pastores/sacerdotes de hoje, pois não são sequer ligados à tribo de Levi, isto também porque esse sacerdócio especial, em Cristo também acabou; sendo Ele agora o Sumo-Sacerdote, n´Ele também fez de todos os Seus discípulos , Sacerdotes em pé de igualdade, uns diante dos outros.
As implicações da alteração da Lei de Moisés, para vigorar só a Lei de Cristo,
E qual foi essa mudança na Lei? Essa mudança, levou a que, por exemplo toda a questão em torna da obrigatoriedade e a quantia ou percentagem, tivesse também sido alterada . Ora vejamos o que o apóstolo Paulo diz sobre isto: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." 2ª Coríntios 9:7; A Lei de Moisés dizia que era 10%, mas a Lei de Cristo - a do Novo Testamento, a do Novo Pacto de Deus em Jesus, diz que é o teu coração puro como Discípulo a de Jesus, que define quanto é que tu vais dar e não o que os sacerdotes, os pastores, os ministros, as igrejas te dizem. A Lei do Dízimo foi alterada. Aquele(s que seguem as leis de Moisés, e procuram ser justificados ou abençoados, não são ainda salvos. Cuidado - "Seja-vos, pois, notório, homens irmãos, que por este (Jesus) se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele (Jesus) é justificado todo aquele que crê." Actos 13:38 a 39
"Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê." Romanos 10:4
A Lei de Cristo e a Lei de Moisés, é muito diferente - vejamos: "Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo." Gálatas 6:2; Aqueles (pastores e líderes) que colectam dízimos entre as ovelhas, é ou porque não têm conhecimento das escrituras, ou fazem de forma intencional como forma de ganharem rendimento fixo extra para as suas lideranças religiosas, e por isto é que eles insistem neste aspecto da Lei. São pastores/líderes, gananciosos - "Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono. E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte." Isaías 56:10, 11
"Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade." Eclesiastes 5:10; por isso é que por mais que tenham muito dinheiro, eles hão-de sempre pedir mais e mais dinheiro/dízimos aos membros, também desconhecedores das escrituras, do Espírito da revelação de Deus em Jesus Cristo O Evangelho.
Pergunta: Porque é que os líderes religiosos, dizem que a Lei de Moisés é só para os Israelitas quando a sua vontade é comer carne de porco, e a mesma Lei condena comer porco, mas quando se trata do dízimo a Lei de Moisés já não é só para o Povo de Israel!? Estes "ministros" se poderem obter lucros da Lei de Moisés, a consideram abolida mas e a própria Lei de Moisés lhes favorece em algum ponto, a validam. Isto deixa absolutamente evidente que tipo de ministro são - ministros do dinheiro, mercenários e negociantes - "E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." 2ª Pedro 2:2-3
Não que não houvesse dinheiro nos tempos bíblicos. Algumas taxas para o Templo só eram aceitas em forma de dinheiro (Ler Êxodo 30:14 a 16 e 38:24 a 31). O dinheiro era utilizado para comprar sepulturas (Ler Génesis 23:15, 16). O dinheiro era usado para comprar bois para serem oferecidos em sacrifícios. (Ler 2ª Samuel 24:24). Era utilizado para pagar tributos vassalos. (Ler 2ª Reis 23:33,35). Era utilizado para comprar imóveis (Ler Jeremias 32:9 a 11). Para pagar salários (Ler 2ª Reis 22:4 a 7). Para fazer câmbios (Ler Marcos 11:15 e 17). O próprio Jesus foi vendido por dinheiro.
Entretanto, Deus estabeleceu que somente as pessoas ligadas à produção agro-pecuária deveriam trazer dízimos. Uma vez que os dízimos eram oferecidos somente em forma de grãos, ovelhas, gado. Não há nenhuma citação bíblica de que os frutos do trabalho podiam ser cambiados ou compensados por ovelhas ou grãos a fim de se cumprir o procedimento dos dízimos. Nos tempos antigos haviam variadas profissões e ocupações como hoje. Se o dízimo tivesse sido estabelecido sob a forma de dinheiro, ninguém teria dificuldade de adorar a Deus desta forma. Mas não foi assim que Deus quis. Dízimo na bíblia é sinonimo de alimento. Ofertas podiam ser trazidas em forma de dinheiro (Ler 2ª Reis 22:4 a 7) Mas, quando o assunto era dízimo, somente ovelhas, bois, grãos, comida. Dinheiro nunca!
“Certamente darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que cada ano se recolher no campo. Perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher para ali fazer habitar o seu nome, comereis os dízimos do teu cereal, do teu vinho e do teu azeite, e os primogénitos das tuas vacas e das tuas ovelhas, para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. Mas se o caminho for longo demais, de modo que não os possas levar, por estar longe de ti o lugar que o Senhor teu Deus escolher para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado, então vende-os e leva o dinheiro na tua mão e vai ao lugar que o Senhor teu Deus escolher. Com esse dinheiro comprarás tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer outra coisa que te pedir a tua alma. Come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te tu e a tua família.” Deuteronômio 14:22:29
“Todos os dízimos do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor, são santos ao Senhor. No tocante a todos os dízimos de vacas e ovelhas, de tudo que passar por debaixo da vara do pastor, o dízimo (O DÉCIMO) será santo ao Senhor. Não esquadrinhará entre o bom e o ruim, nem o substituirá. Se de algum modo o substituir, ambos serão santos, e não podem ser resgatados”. Levítico 27:30 a 32; Curiosamente, ainda, o dizimista não tinha que separar o PRIMEIRO para Deus, mas o DÉCIMO, o último. Os animais iam passando por debaixo da vara do pastor. O dízimo ou o décimo era separado e entregue ao Senhor. Quem tivesse nove ovelhas estava automaticamente isento do dízimo.
A Lei do Dízimo só é legítima entre Hebreus, cobrada pelos Levitas e em Israel,
Deus conduziu o seu povo à Terra Prometida. Ali repartiu-lhes a terra, distribuindo cada parte a uma das onze tribos. A tribo dos LEVITAS deveria se dedicar ao serviço de Deus e, por isso, as demais tribos deveriam pagar o dízimo para sustentar o sacerdócio judaico e este sacerdócio deveria ser mantido até a chegada do Messias. Jesus Cristo ab-rogou (anulou a Lei e as suas Cerimónias, ao a ter cumprido plenamente - isto porque como cumpridor, colocou-se como Novo Legislador); Até o véu do Templo foi rasgado. Jesus abriu o caminho. O sacerdócio levita, necessário para o sacrifício de animais ou oferendas, instituído a partir de Araão, estava anulado. Já não seriam necessárias nem as oferendas e nem os holocaustos; não mais compraziam a Deus o sangue de touros nem bezerros. Apenas um sacrifício perfeito é agora agradável ao Pai (Ler Malaquias 1:11).
Por isso, o que fazem os pastores de qualquer denominação auto- intitulada de "cristã" exigindo o pagamento do dízimo, pressionando seus irmãos, NÃO é de Deus, mas um mandamento humano, que sem nenhum pudor se aproveitam dos seus irmãos mais fracos para tirar-lhes dinheiro em nome de Deus. "A religião se lhes tornou puro negócio" (Ler 1ª Timóteo 6:5). Em Jesus, há um Novo Tempo (dispensação), e uma Nova Lei - Ele mesmo. Um cristão é tão obrigado a dar o dízimo hoje quanto a sacrificar um bode pelos seus pecados, pois a adoração hoje não é feita mais da antiga maneira, mas sim em "Espírito e Verdade". Com o resgate feito por Jesus o véu do Templo se rasgou de cima em baixo, como conta o Evangelho, e neste instante a antiga lei cerimonial foi cravada na cruz e a antiga aliança deu lugar ao novo testamento de Deus. De tal forma é que não existe nenhum texto bíblico que instrua o povo de Deus a pagar dízimos após a ressurreição de Cristo.
No livro de Deuteronômio, o dízimo é tratado sob a perspectiva do estabelecimento na Terra Prometida. Assim, a ordem agora é "...nas tuas cidades, não poderás comer o dízimo..." (Capítulo 12:17) pois "...haverá um lugar que escolherá o Senhor, vosso Deus... a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos,,," (Capítulo 12:11). A entrega do dízimo se daria mediante um ritual familiar, no qual "...comerás [o dízimo] perante o Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor, teu Deus, escolher, tu, e teu filho, e tua filha, e teu servo, e tua serva, e o levita que mora na tua cidade; e perante o Senhor, teu Deus, te alegrarás em tudo o que fizeres"... (Capítulo 12:18). Porém, a cada três anos, o dízimo seria retido nas cidades e entregues aos levitas e necessitados, conforme a prescrição "...ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade..." (Capítulo 14:28) e "...quando acabares de separar todos os dízimos da tua messe no ano terceiro, que é o dos dízimos, então, os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas cidades e se fartem..." (Capítulo 26:12).
Os dízimos, hoje só teriam algum sentido na sua continuidade se depois de cobrados, fossem entregues aos Sacerdotes Levitas do antigo pacto o qual primeiramente foi ANULADO, substituído por Cristo como atrás vimos, e entregue no Templo que além de destruído/inexistente, e agora em Jesus é todo aquele que O Ama e segue os Seus mandamentos é Templo do Altíssimo (Ler João 14:23; 1ª Coríntios 6:19) ; pois Deus não habita em templos feitos por mãos Humanas (Ler Actos 7:48).
Outros dados afim de entendermos o desfasamento hoje da sua prática do dízimo,
- O dízimo era recolhido anualmente e não mensalmente como é prática comum nas denominações religiosas, onde se têm de pagar os ordenados de luxo a pastores (Ler Números 18:26; Deuteronómio 26:2-3);
- Havia um ciclo de 7 anos, onde durante 6 anos havia plantio em Israel mas no sétimo ano era proibido semear e colher portanto não havia dízimos (Ler Êxodo 23:210-11; Levítico 25:1-7);
- O dízimo era só para a tribo de Levi pois estes não possuíam terra em Israel e tinha somente do sacerdócio por dever exclusivo (Ler Números 18:26-32) algo que com o Novo Sacerdócio do Crente em Jesus O Messias não há mais justificação "bíblica" para se entregar dízimos no Templo e em Templos, isto por deixar de haver uma classe/sacerdócio Levítico para agora ser aberta a toda raça, tribo e nação;
- O dízimo não era praticado por outros povos mas só entre os ISRAELITAS (Ler Levítico 23:9-14; Deuteronómio 4:5; 11:31-32). Só se você for Judeu e ainda viver segundo a Lei e não segundo a Nova Aliança (Lei da Graça) é que você pode e tem de dar dízimos, mas só os pode entregar em Jerusalém e no Templo. Oops, o Templo em Jerusalém foi destruído;
- Havia o ano dos dízimos. Este era no terceiro ano do ciclo de 7 onde o ofertante reunia os Levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas e REPARTINDO-SE com estes os dízimo (Ler Deuteronómio 14:28-29; 26:12-15), algo que NUNCA é feito nas denominações religiosas da cristandade protestante evangélica nem na católica romana, e só aconteceu em Actos quando a Igreja partilhava entre todos os crentes os bens de cada um conforme as necessidades existentes;
O dízimo era da Lei, e a Lei foi abolida por Cristo (Ler Gálatas 2:21; Romanos 3:21-31; Gálatas 2:11-21; Hebreus 9:16-17). Enquanto Jesus estava no Mundo, Ele estava debaixo da Lei, pois Ele não tinha passado pela Morte de Cruz para estabelecer uma Nova Aliança. Entendam que para existir uma nova "herança", ou aquilo que a teologia e os teólogos identificam como Dispensação, é necessária a morte do testador. Na "Igreja Primitiva" nunca houve essa prática de entregar dízimos, pelo contrario os apóstolos e seus seguidores sempre foram perseguidos pelo império romano por causa da sua fé em Cristo, e alias Paulo sempre foi contra a prática de rituais da lei Mosaica (Ler Actos 14:1-7; 17:1-9; 21:27-29).
A Bíblia hoje é usada à força por manipulação para legitimar a prática dos dízimos,
Alguns usam a passagem de Mateus 23:23 para defender que o dízimo é válido actualmente. Mas é importante observar que, apesar do Novo Testamento começar sua narrativa com o nascimento de João Baptista e de Jesus, a Nova Aliança só começou, de fato, quando Jesus morreu (Ler Mateus 26:28; 27 e 51; Colossensses 2:14; Hebreus 9:11 a 17). Assim, quando Jesus disse o que está escrito em Mateus 23:23, eles ainda estavam no Antigo Testamento. Portanto, essa passagem não prova a validade do dízimo para o Novo Testamento. Outros tentam defender a validade do dízimo com a passagem de Hebreus, capítulo 7. Porém, nesta passagem o autor da carta apenas mostra a superioridade de Cristo em relação ao sacerdócio do Antigo Testamento usando Melquisedeque como um tipo de Cristo, pois Araão (representando o sacerdócio veterotestamentário) pagou dízimos a Melquisedeque na pessoa de Abraão, mostrando a sua inferioridade em relação à Melquisedeque. O objectivo da passagem não é falar sobre a validade ou não do dízimo para os dias de hoje, mas mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo, e só. Pela passagem até pode entender-se que sendo Jesus o Sumo Sacerdote do Novo Pacto/Nova Aliança, os nossos dízimos por comparação com Melquisedeque, seria ao Messias que os deveríamos dar e não aos baixo-sacerdotes - homens comuns como nós. Sendo então que Jesus está em cada um de nós, a prática do dízimo deveria ser assumida como foi praticada pela Igreja Primitiva (Ler Actos 2:44,45).
O trecho bíblico mais usado para justificar a cobrança do dízimo é o famoso Malaquias 3:8 a 10: "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, por que me roubais, vós a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança".
O ponto a entender é que antes de Jesus Cristo Israel era governado por vários tipos de leis, as principais delas eram as Leis Morais, como "Não Matar", "Não roubar" e as leis cerimoniais que regulamentavam o culto e adoração. A grande questão a entender é que a instrução do dízimo se refere sempre à leis cerimoniais. Agarre na sua bíblia e leia atentamente os três primeiros capítulos de Malaquias e veja que o contexto inteiro está fundamentado na lei sacerdotal, ou seja, exactamente aquelas leis que caducaram na cruz pelo sacrifício de Jesus Cristo. Os mandamentos referentes a antiga adoração (o que inclui o dízimo) são para os judeus da antiga aliança apenas. Esta advertência de Malaquias 3:8-10 é/foi somente dirigida a quem recebeu a Lei de Moisés (Ler Malaquias 4:4), não aos gentios, se assim fosse, haveria abastança entre o povo e a nação de Portugal e não haveria pobreza e crise, visto que o texto é tão usado como falsa-promessas de abastança, mas a mesma não se verifica nem nunca se verificou fora de Israel.
Os dízimos, interessam só a quem deles vivem e dependem. Eu cá, dependo de Deus - Jesus chega-me. Porque digo isto? "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Jesus Cristo
O propósito inicial do dízimo, dado por instrução de Deus ao povo de Israel no pacto da Velha Aliança, focava-se no sustento aos sacerdotes, levitas/músicos também, bem como as suas respectivas famílias. Se hoje o povo está lá fora para alcançarmos, e o Templo é quem está no Corpo de Cristo (Ler Actos 17:24; 1ª Coríntios 3:16,7), a quem devem ser dados os dízimos? A Igreja "primitiva" resolveu a questão, ao terem tudo em comum (Ler Actos 2:44,45).
Somos ou não totalmente de Jesus? Então TUDO o que temos pertence-Lhe e não somente 10%. Era isto mesmo que a igreja "primitiva" vivia - tendo TUDO em comum. TUDO e não é somente 10%. Na Nova Aliança pelo sangue de Jesus, não faz qualquer sentido ensinar-se acerca de ter-se que pagar, dar, sacrificar ou ofertar o dízimo, e por esta razão não aparece qualquer alusão a este ensino no Novo Testamento, que actualmente é prática comum nas comunidades da cristandade. O desafio é e sempre será vivermos verdadeiramente como Igreja, partilhando TUDO o que é de cada um, para que outros cujas vidas necessitem, possam melhorar os seus factores mínimos, e dessa forma aumentar o potencial uns dos outros: Crescendo juntos na estatura de Cristo em unidade prática no Espírito Santo, sobe o principio que Jesus nos ensinou: “...de graça recebeste, de graça dai.” Mateus 10:7 a 13
Reparem que 99% das denominações religiosas, que pregam acerca de se ter que dar o dízimo, quando um desempregado se torna num ex-dízimista, que nenhum daqueles que ao longo do tempo, receberam esses 10% de investimento no "reino", não retribuem quando a pessoa necessita, e a maior parte das vezes só se prometem orações, promovem-se unções hiper-especiais com óleos, e dão-se palmadinhas nas costas, dizendo que tudo vai ficar bem?! A prática do dízimo na era da dispensação da Graça de Deus em Jesus Cristo, nada mais é do que dinheiro de sangue, sacrifícios e holocaustos desnecessários, oferecidos por Homens que ainda não reconheceram a totalidade da consumação da Sua obra de redenção na Cruz. Jesus O Messias dos Judeus e o Cristo dos Gentios, foi assim O Último Dízimo a Deus devido pela Humanidade, e O qual foi por Ele pago para resgate de dívida esta (Ler João 3:16, 17).
Voltemos à loucura do Evangelho, que nada mais é do que a vivência prática e simples do mesmo no nosso dia a dia. Quem tem a coragem de passar a viver assim, unicamente pela fé (confiança) em Deus e não nos homens e nos seus "dízimos"?? Se o propósito da semente é ser semeada para crescer e dar fruto, porque é que se há-de semear somente 10 sementes, quando se tem 100 no bolso?! Até eu que percebo pouco de matemática, percebo que a "colheita" será maior se enterrar as 100 ao invés das 10. Outra curiosidade, aqueles quem com a incorrecta interpretação, quando Jesus disse que não vinha abolir a lei, e ensinam acerca da necessidade da prática do dízimo, porque não ensinam sobre a prática da circuncisão?? Porque não têm coragem de colocar a pilinha à faca na mãos de outros sacerdotes, tão despreparados quanto eles para o ministério da pregação do Evangelho de Jesus Cristo.
Devemos viver por meio do trabalho das nossas mãos, e nunca pela via da subtil venda de riquezas espirituais, que o Espírito dá para o crescimento espiritual do Seu Corpo. Sim, as coisas custam dinheiro, mas a aquisição das mesmas não deve ser feita à custa dos irmãos, muito menos pela comercialização do Evangelho. Mercantilizar espiritualidade nada mais é que praticar feitiçaria; algo que os filhos de Deus em Jesus Cristo, não deveriam reproduzir. Existe por aí, muita gente hábil em marketing religioso, que de boca para fora dizem viver na dispensação da graça (Novo Testamento, Lei de Cristo - Graça e Amor para a Salvação do pecador), mas depois ensinam sobre a necessidade de dar-se valor aos sacrifícios e holocaustos do Velho Testamento (Lei de Moisés, que era para Juízo e Condenação do pecado), quando na verdade Deus só deseja que pratiquemos a misericórdia. Jesus não ensinou nada acerca do dízimo, mas foi dizimado por nós e este Seu dízimo, é-nos suficiente!
Como é que a "igreja primitiva" lidava com a questão do dízimo,
Tomemos como exemplo a contribuição da igreja primitiva. A viúva no templo deu tudo o que tinha (Ler Lucas 21:1 a 4). Os primeiros cristãos vendiam propriedades e depositavam todo o valor aos pés dos apóstolos (Ler Actos 4:34 a 37). Os pobres da Macedônia contribuíram acima de suas posses (Ler 2ª Coríntios 8:1 a 3). Esse é o padrão que o cristão deve seguir. Em suma todos, partilhavam tudo o que tinham, igualmente uns com os outros, para o suprir de necessidades de todos e não só de uns para com outros - ovelhas para os "pastores", aliás como hoje é prática comum da grande maioria das denominações religiosas da cristandade protestante evangélica.
A premissa do Novo Pacto em Jesus é abundarmos na Graça de Deus e o sermos Enriquecidos Espiritualmente em Cristo: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus." 2ª Coríntios 9:7 a 11
Dizimar, é voltar a uma Lei e a um Sacerdócio (Antigo) já abolido por Jesus e substituído por uma Nova Lei e Sacerdócio - Cristo (Nova Aliança no Seu Sangue). Ao voltar-se a viver segundo a Lei de Moisés que Julgava/Condenava, não se está a viver na Lei de Cristo que Justifica/Salva. Quem vive pela Lei/letra que mata e sacrifica, vive pelas obras e como tal ainda não foi salvo pela Graça que em Jesus tudo consumou, para que não tivéssemos mais de pagar a dívida que já foi TOTALMENTE paga por Ele. No Antigo Testamento os legisladores e os profetas, falam do dizimo em bens para alimentar além dos Levitas, o povo pela distribuição de bens pelos mais pobres. Ao passo que os dizimo s dos dias de hoje é para pagar salários aos "pastores", sustentar os seus luxos e para construir igrejas igualmente luxuosas e megalómanas, cheias de parafernálias multimédia onde o conforto visual é mais importante que o bem-estar espiritual, físico e emocional daqueles que têm fome de comida para o corpo e sede de justiça. Muitos são os que dizimam para o luxo dos outros, e em suas casas o ordenado nem chega ao final do mês para sustentar a família.
"...não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves e agradáveis palavras, enganam os corações dos simples." Romanos 16:18
A profissionalização dos dons do Espírito Santo, anátema é. Este trata-se de um dos maiores enganos que o pai da mentira (diabo), conseguiu ludibriar e é abrangentemente aceite e promovido como prática natural, em tudo quanto é cristianismo; seja protestantismo evangélico, como catolicismo romano bem como noutros religiosos denominacionalismos antropocentricos da cristandade.
O que diz na Bíblia sobre o misturar o interesse ao dinheiro com a Fé/Espiritualidade:
- O que disse Miqueias, sobre os Sacerdotes de então e também de hoje que mercantilizam a Fé: "Os seus chefes dão as sentenças por suborno, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá." Miquéias 3:11;
- Eis o que Pedro disse a o misturar-se dinheiro com as coisas espirituais: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro." Actos 8:20; e o mesmo funciona a mesma "lógica" para aqueles que por intermédio do dom, procuram alcançar dinheiro;
- Eis já agora, o que é que Jesus diz sobre o dinheiro e o Servi-Lo: "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me." Mateus 19:21; "Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento." Mateus 10:9-10;"Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Lucas 16:13;
- Vejamos também, o que diz Paulo sobre o mesmo assunto: "Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." 1ª Timóteo 6:9-10;
Recapitulando 7 pontos básicos da invalidade na prática do Dízimo em Era da Graça:
- A Lei dos dízimos bem como todas as demais Leis Cerimoniais dadas por Deus a Moisés, foi dada pelo Altíssimo para que fosse guardada somente em Israel e entre Israelitas. Não era então no Antigo Testamento, nem poderia ser estendida, imposta ou promovida entre os gentios (pessoas e nações não Israelitas);
- Estes dízimos também referiam-se só a bens alimentares vindo das colheitas ou a bens materiais (não dinheiro) vindo de obras de artificies (tais como carpinteiros, pedreiros, etc) e os dízimos em dinheiro só eram entregues, caso a distância da (s pessoa(s onde residiam até ao Templo em Jerusalém, torna-se impraticável o transporte de todos esses seus bens. Estes bens (dízimos), serviam para o sustento dos Sacerdotes Levitas, os quais foram escolhidos por Deus visto os seus demais irmãos não quererem ser como um todo um Povo de Sacerdotes do Altíssimo;
- Os pobres não tinham a obrigatoriedade de dar dízimos, e muito pelo contrário eram aqueles que por parte dos Sacerdotes Levitas recebiam o sustento alimentar, a partir dos dízimos dados pelo restante do seu povo. O dízimo então, também "funcionava" como um tipo de garante de justiça social, comparado com a nossa Segurança Social no apoio que dá aos desempregados e às famílias de baixos ou nulos rendimentos;
- Os Dízimos só poderiam ser recebidos por Sacerdotes Levitas (da tribo de Levi), e como esse sacerdócio acabou em virtude de Jesus ter instaurado n´Ele mesmo O Sumo Sacerdócio bem como o Sacerdócio Universal do Salvo, não existe qualquer legitimidade para que irmãos em Cristo entre iguais, uns se coloquem como sacerdotes acima dos demais e passem a cobrar mesmo que por estimulo, ou a receber dízimos como se fossem Sacerdotes Levitas da dispensação (Lei) que foi ab-rogada, substituída, anulada por outra melhor - a Lei da Graça de Deus em Jesus O Messias dos Judeus e o Cristo dos Gentios;
- Os Dízimos eram entregues no Templo em Jerusalém (ordem dada por Deus), em 3 alturas possíveis - nas festas anuais, de três em três anos ou por cada ano sabático (7º ano) anualmente acumulados, logo não é como tem sido hoje estimulado - a entrega mensal. A Casa do Tesouro de então, sim era no Templo em Jerusalém, mas Hoje a casa do Tesouro é o coração e a vida de todos aqueles que por meio de Jesus foram tornados filhos de Deus - esses sim, são a Sua Casa do Seu Tesouro;
- Os dízimos recebidos hoje nos Templos feitos por mãos Humanas, está também fora da vontade de Deus naquilo que era a antiga dispensação (Antigo Testamento), pois em Jesus O Templo do Espírito Santo de Deus Hoje é todo aquele(a que Ama, Segue/Imita a Cristo e guarda as Suas Palavras de vida Eterna;
- A entrega de dízimos em Templos de Pedra específicos feito por mãos Humanas, ou a ministros/líderes/pastores/profetas/apóstolos da modernidade - seja quem seja, também assim se torna invalida porque aqueles que estão em Cristo são como e com Ele Sacerdotes do Altíssimo - o Sacerdócio Universal (para todas as tribos) em contraposição ao Sacerdócio Levita específico e só circunscrito a uma tribo. Nem os Sacerdotes Levitas do Antigo Testamento (dispensação da Lei a qual foi substituída/invalidada/ab-rogada, pela dispensação da Graça em Jesus), davam ou partilhavam dízimos entre si, mas só os recebiam e partilhavam com os pobres.
A Promessa em Jesus, não está centrada em bens materiais, ao passo que na Lei de Moisés (em Malaquias como vimos atrás), onde as promessas estavam relacionadas com bens materiais - aqueles que Deus igualmente pedira, os daria de volta naquela dispensação/era da Lei de Moisés, o antigo Pacto. Por isto se você Hoje não pagar o dízimo, por estar em Cristo, você não será vítima do devorador, que actuava segundo o não cumprimento da Lei antiga dada a Moisés. Em Jesus, há abundância de suficiência e não abundância de riquezas, para que o suprir de necessidades, sejam físicas mas mais importantes as emocionais e espirituais, dessas tenhamos sempre em plenitude. São precisos 10 dízimos de um ordenado mínimo português para comprar um púlpito em acrílico. Quantos dízimos serão necessários para pregar o Evangelho da Graça de Deus por Jesus Cristo, ao coração do Homem?? NENHUM. Jesus já pagou o preço necessário para de Deus termos o(s favor(es (salvação, paz, vida abundante e eterna, hoje), que necessitamos.
Os sacrifícios adicionais só têm sentido se O Sacrifício Pleno de Jesus O Salvador da Humanidade, não for suficiente, certo?! CERTO!
"Porque com uma só oferenda (Jesus Cristo Morto e Ressurrecto), aperfeiçoou Deus para sempre os que são santificados, e também o Espírito Santo no-lo testifica porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias - diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais sacrifícios a Deus por pecados em vista à obtenção do Seu favor." Hebreus 10:14 a 18
A deturpação d'O Evangelho de Jesus O Messias, tem claramente o objectivo de escravizar a Humanidade e enganar o Mundo, quando O Pai pelo Filho nos veio dar, precisamente o contrário. O problema é que esta estratégia publicitária enganosa, não é só praticada, não só nestes mas em muitos outros «Centros de Engano Espiritual» pela cristandade a fora, levando o povinho a sacrificar-se desnecessariamente ao nível financeiro, emocional, familiar, moral, intelectual e espiritual. Não hesite em deixar de dizimar para dar de comer e vestir aos seus filhos, ou a um familiar, amigo ou até mesmo um desconhecido. Em Jesus O Seguir a Deus e Amar o próximo suprindo as suas necessidades é mais importante que guardar a Lei Cerimonial e os preceitos de Moisés. O amor não fica indiferente às necessidades do próximo. Aliás, sábio será ensinar-lhe para que cuide primeiro do sustento das suas famílias, pois na verdade Deus não precisa dos seus dízimos para NADA!
No Seu Filho sabemos TUDO estar consumado. Logo, trata-se de uma grande misturada quando os «pregadores de vão de escada» fazem, quando unem o pensamento positivo com a confissão positiva para criação de realidades, com o objectivo de promoverem a egoísta teologia da sua própria prosperidade, pela cobrança de dízimos e ofertar mediante estratégias de medo e manipulação mental, bem como por meio de falsas promessas de prosperidade financeira, a qual só o próprio Deus que detém o ouro e a prata, pode individual e pessoalmente prometer. Ao menos há que se lhes dar o crédito de serem hábeis em ideias que na arte criativa do inventar, manifestam ser real e verdadeiramente uns grandessíssimos idiotas. Recapitulando a «coisa» fica da seguinte maneira: «Quando você deseja algo, logo isso já existe; portanto você paga adiantado o imposto (10%) a Deus da dimensão total de benção que você desejou no seu coração (Ler Jeremias 17:9), antes até mesmo que a hipotética promessa que Ele não lhe fez, aconteça»; Sempre ouvi dizer que quem paga adiantado a quem nada lhe garantiu, fica sempre mal servido.
"...ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento..." Actos 15:24
Temos então de dar o dízimo para Deus nos abençoar? Não. As escrituras dizem: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo..." Efésios 1:3; Em Cristo, e por Ele ter tudo consumado, não existe mais nada que possas fazer ou dar, para seres mais amado e abençoado por Deus como já és. Isto por em Jesus teres sido tornado filho de Deus, que independentemente do que possas ou não fazer, serás sempre muito e igualmente amado. Para agradares a Deus, basta-te só amares e Jesus e seguires os Seus mandamentos (Ler João 14:23); ou seja, viveres procurando imitar O Messias em tudo, tal como Ele vivia querendo agradar ao Pai, fazendo a vontade d´Ele e não a sua própria, sendo guiado pelo Seu Espírito Santo para tal.
Síntese,
Cada vez mais, os desejos mentais e emocionais, são confundidos com a Fé a qual por ser um dom do Espírito Santo, nunca funcionará para satisfazer as nossas motivações repletas de apetites materialistas; mas Mamom é um deus (deus do dinheiro e das riquezas), que responde a esses interesses egoístas, o qual usa falsos-pastores que ensinam os membros das suas igrejas a substituírem a fé por convicções carnais, dirigindo a sua mensagem aos desejos da alma ao invés de aos anseios do Espírito. Mas que coisinha fraca é essa de se dar o dízimo quando Jesus deu tudo por nós!? Ainda para mais, quando os apóstolos não ensinaram nada sobre dízimo, nem mesmo Jesus mas contudo foi dizimado, tendo doado-se TOTALMENTE por Amor a nós, para que por meio da sua morte pudéssemos hoje, ter vida Eterna AGORA n´Ele, e ficássemos novamente em Paz com Deus Pai!
"Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade." Eclesiastes 5:10
Aqueles que em Portugal e no Mundo vendem em congregações, pen's usb por 95€ com as suas pregações ou outros produtos gospel (livros, cd´s, dvd´s, etc) bem como cobram dízimos para sustentar a profissionalização dos ministérios do Espírito Santo, claramente não seguem o que Jesus ensinou "...de graça recebeste, de graça dai." Mateus 10:7 a 13; é porque ainda não perceberam que o Evangelho não deve ser o sustento financeiro de ninguém. Não era assim que Judas, pensava, agia e por essa razão ao Senhor traíra!? Cada um de nós deve viver por meio do trabalho das suas mãos, e nunca pela via da subtil venda de riquezas espirituais, que o Espírito nos tem capacitado para o crescimento espiritual do Seu Corpo. Sim eu creio num Evangelho assim, aliás o meu Mestre, Pastor e Senhor pelo Seu Espírito Santo, não me tem revelado outro Evangelho que não este.
"E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." 2ª Pedro 2:2-3
A utilização da prática dos dízimos, hoje está directamente ligada à teologia da prosperidade, a qual aprisiona as pessoas a um conceito IRREAL de espiritualidade, onde por indução lhes afirmam que não vão ter mais problemas, aflições, prejuízos e dificuldades caso façam «isto ou aquilo», desde que frequentem as reuniões onde os seus bolsos são esvaziados pelos dízimos que derem, isto para encherem os de outros. Esse evangelho fácil e mentiroso, cala a consciência mas leva o povo colocar os olhos nas riquezas deste mundo e a afastarem-se de Cristo. Sem dúvida que a religião manipula as pessoas simples e humildes a usarem a sua fé, hipotecando-se economicamente para que montanhas de dinheiro migrem para os bolsos sem-fundo dos "sacerdotes" e dos seus feudos religiosos!
Adenda final: O que afirmei aqui sobre a Lei dos Dízimos, tem exactamente o mesmo paralelismo quanto à questão da Lei do Sábado (guardar o Sábado) ou qualquer outro cerimonial ou festividade; pelo que não existe Hoje na Era da Graça por Jesus O Messias de Deus e Senhor do Sábado, qualquer legitimidade para que Judeus e Gentios, tenham alguma obrigação ou necessidade de guardarem festas, dias (sábados), tempos meses e anos (Ler Gálatas 4:9 a 11).
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por Hélder R. Inocêncio | Fundador e um dos Dinamizadores SPOT'X,
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