"Ninguém vos domine a seu belo-prazer com pretexto de humildade ou culto dos anjos (falsa ou errada espiritualidade), envolvendo-se em coisas que não viu, estando debalde inchado na sua carnal compreensão." Colossenses, capítulo 2 verso 18
A autoridade é dada para que se exerça serviço em favor dos outros e não para impor a força. O líder de qualidade faz despertar o melhor em nós, tratando-se de alguém que não se preocupa em ter seguidores, mas sim em servir o maior número possível de pessoas, colocando-se atrás das mesmas para que as impulsionando na caminhada, consigam chegar à meta.
O principio que explica a questão da submissão mútua, entende-se pelo facto de Deus habitar na vida do crente. Como assim? Se o Altíssimo habita na vida do crente ("..e Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada." Evangelho São João, capitulo 14 verso 23), então qualquer crente é igualmente e também uma autoridade n´Ele. Se um crente tem Deus como seu Pai e a Jesus como seu Pastor, Mestre e Guia da sua vida, este filho para com outro filho de Deus, submete-se "automática" e livremente, em amor (conferir com, Filipenses, capitulo 2 verso 3), por reconhecer o Deus a quem serve, na vida do seu irmão; porque aqueles que estão em Cristo, são iguais entre si, pois no Pai de todos os espíritos (Conferir com, Hebreus capitulo 12 verso 9), não existem filhos que sejam mais filhos d´Ele do que outros.
"Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto." 1ª Carta do Apóstolo Pedro capitulo 5 verso 2
Em resumo, só existe uma "forma" ou submissão especial às autoridades e esta tem como único foco, a pessoa bendita de Jesus. Todas as outras, como já vimos são equitativas pela filiação divina (conferir com Efésios, capitulo 5 verso 21). E as que foram decretadas por Deus, necessárias e por Ele estabelecidas para a ordem social? Nem estas estão acima do Deus que pelo Espírito Santo vive em ti e cada um de nós, os seus filhos em Cristo (Colossenses, capitulo 2 verso 18). Só Ele é Todo-Especial e Todo-Poderoso.
"Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado." Evangelho São Mateus, capitulo 23 versos 8 a 12
O verdadeiro filho de Deus, não vive no anonimato, mas dá a vida pelos seus irmãos e pelo mundo que Deus amou - à semelhança de Jesus Cristo. Mas precisa um filho de Deus, esta filiado em alguma denominação ou de servir a homens e a igrejas locais Não. Precisa é de estar filiado ao Pai Celestial, por meio de Jesus Cristo - cujo nome está acima de qualquer nome e/ou denominação. Para que cada um sirva, colocando os outros acima de nós mesmos (descrentes inclusive), consoante os dons e ministérios dados por Deus (principalmente O Amor), para o crescimento do Corpo e todas as suas juntas; é necessário que exista reconhecimento no Espírito Santo por parte de quem é servido, se é que o chamado de quem se alista a servir, tenha sido verdadeiramente espiritual e não por vontades naturais da carne, em fazer o que os outros fazem e ser-se reconhecido por tal. Mas se for de origem divina, por conseguinte virá submissão mútua - pois como Corpo, todos têm igual importância, sejam os membros que servem, quanto os membros que são servidos.
Sintetizando,
Não nos esqueçamos que Jesus só questionou a autoridade espiritual daqueles que dizendo-se espirituais, filhos de Abraão e seguidores das Leis de Moisés, não viviam em conformidade com o Deus de Abraão e de Moisés, logo a sua autoridade tinha de ser colocada em causa, pelo Messias por Ele ser a própria Verdade Encarnada. Vejamos que quanto às estruturas do poder político e económico, que imperava então (Romano), Jesus não se expressara contra mas o mesmo não o fez em relação ao poder religioso Judaico, o qual teriam maior responsabilidade devido ao maior conhecimento da revelação do Pai, seja pelos Patriarcas, Profetas e testemunhos «escritorísticos» na Torah do que Deus dissera àqueles que O buscavam e amavam.
Resumindo,
Tudo quanto não seja segundo O Evangelho, deve ser colocado em causa, deve ser questionado e abandonada a prática ou até mesmo a convivência com quem prefere continuar em oposição ao que Jesus ensinou: Servir em Amor e não pela imposição da força - hábito contrário às estruturas de poder antropocêntrico, sejam elas políticas, económicas mas principalmente religiosas!
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Por Hélder Reis Inocêncio
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