"Vocês também têm muitos amigos que em vez de apenas o nome pessoal tem o título antes do nome? Engraçado é que eu nunca vi em pessoas com formação académica colocarem um nome no Facebook tipo: Dr. XPTO, Eng. YXZ, Arq. XXX, etc. mas tenho umas dezenas de amigos(as) tipo: Diácono ABC, Diaconisa CDE, Presbítero FGH, Presbítera IJK, Cantora LMN, Pastor OPQ, Bispo RST, Apóstolo UVX, Missionário CDE, Servo YWZ, Evangelista UZT, etc e por aí vai. Mas qual será o motivo?! Necessidade de auto-afirmação ou convencer o próximo?!" Questionou em tom de crítica construtiva, um amigo nestes últimos dias.
Mas sim, porque razão pessoas que se dizem seguidoras e servas de Deus, identificam-se e auto-intitulam-se de pastores, mestres e guias espirituais?! Será falta de auto-estima ou complexo de inferioridade manifesto através de uma projecção de superioridade?!
São títulos atrás de títulos e cada um deles, qual o melho para combinar melhor com a cor dos olhos ou fato que cada um veste!? Mas a sério, é verdade que muitos de nós, perante a apresentação de alguém que se identifica primeiramente com o seu título, ficamos logo com um 'respeitinho' diferente, distância e deferência é coisa até acaba por ser bonita em termos de ego-humano. Para não falar de que além destes rótulos, colocam como outros prefixos aos seus nomes, de outros ministérios além dos identificados pelo Apóstolo Paulo, quando também Jesus até disse para a ninguém chamarmos de Pastor, Mestre, Guia e Pai Espiritual a não ser a Ele e a Deus. Sim, é verdade que O Messias Emanuel, disse para apascentarmos as Suas ovelhas, mas não disse para sermos seus pastores, seus gurus, seus guias espirituais; até porque se O fizesse, estaria a contradizer-se como podemos ler no Blog d’Mateus, capítulo 23 versos 8 a 10: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres (guias, chefes) porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.”
O que Jesus quis dizer, foi para que ninguém se auto-intitular com cargos espirituais, afim de vincar, para se mostrar ou exercer autoridade sobre os demais. Colocar um prefixo no nome (como por exemplo, pastor), torna-se o nome ou pelo o que somos chamados/intitulados, quando Só Ele Jesus tem esse título. Todos os ministérios que Deus nos Deus pelo Seu Espírito Santo, são só funções e manifestações Suas por intermédio de nós e não títulos com os quais nos devamos identificar perante nós mesmos, outros e Deus. Se Jesus então disse, para a ninguém chamarmos de Pastor, é simples: Não chamemos, como também não façamos com que nos chamem de tal. Querendo ou não, infelizmente as pessoas confundem titulo com função e também por isto colocam homens como seus guias e cuidadores espirituais, quando só Jesus e o Espírito Santo é quem cuidam e guiam espiritualmente os salvos.
Nós somos o que fazemos e o como vivemos, não o que mostramos em termos de aparência ou prefixos profissionais ou espiritualizados. Contudo o uso do prefixo tem benefícios para a saúde das almas, pois aumenta a auto-estima dos coitados que têm carência dessa "vitamina" através de um efeito placebo!
Ao alguém, usar como prefixo um título que só pertence a Deus e a Jesus, como vimos acima no Blog d’ Mateus, capítulo 23, está-se a denominar e a fazer-se passar por quem não é, e também a levar outros a chamarem-lhe daquilo que Jesus disser, para que ninguém chamasse de Pastor, Pai Espiritual, Mestre, etc a outrem, que não Ele e Ele só. Nunca esquecer que Jesus a ninguém pediu para assumir títulos, mas sim funções de ministros, servos; como tal não devemos usar aquele nem nenhum prefixo ou título “espiritual”, junto ao nosso nome. O máximo que podemos e devemos fazer, é vivermos como e nada mais. Será que alguém pode dizer que Jesus andava a pavonear-se com os Seus Justos títulos, tais como Messias, ou como Pastor, ou Mestre perante os seus semelhantes?! Não, nem Ele que o podia fazer, o fez.
"Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se apropriam e os seus grandes usam de autoridade sobre eles; Mas entre vós não será assim; antes qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal e qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." Blog d'Marcos, capítulo 10 versos 42 a 45
Jesus vivia em Nome do Pai, e só. Nem honra, adoração, pediu e o reconhecimento que os outros tentavam dar-Lhe, continuamente Jesus encaminhava-os para que honrassem o Pai Celestial. Assim devemos nós viver em Seu Nome, usando naturalmente o nome com que fomos brindados pelos nossos pais. Isto, sem ceder à tentação do orgulho religioso, seja católico romano ou protestante evangélico, pois ninguém foi chamado para exercer uma posição de hierarquia de funções atribuídas por meio de títulos, mas para “somente” sermos Filhos de Deus Pai. Quem somos, não está no título que possamos usar nem na função com que fomos consagrados e ungidos por mãos humanas da denominação religiosa. O ministério é do Espírito Santo e pelo Espírito Santo, assim os dons como os ministérios também são só d'Ele, nada é nosso - nem a função com que Ele nos capacitou ao partilha-la connosco.
Agimos com este, aquele ministério do Espírito Santo ou outro, porque somos dirigidos por esse mesmo Espírito, pois É O Espírito quem nos leva a ser e a exercer determinado ministério espiritual do Corpo de Cristo. O fazer, não fazemos porque queremos ou decidimos ser isto ou aquilo, muito menos depende de nos termos intitulado de algo ou que alguém nos intitule daquele outro, pois não é por vontade humana nem por termos sido consagrados por mãos humanas que temos, vivemos e somos feitos Filhos do Pai. Acreditem que o melhor que qualquer discípulo de Jesus como ministro sacerdote do Altíssimo pode fazer com a sua vida, e para o bem da vida de muitos com o firme, sincero e verdadeiro propósito de Honrar a Pessoa e Nome de Deus Plenamente, é não possuir títulos alguns, é desprender-se dos mesmos e viver como servo simples e humilde, onde todo o destaque, todos os títulos, todos os louros sejam absolutamente centrados e colocados na Divindade; não em nós. Isto é Evangelho, puro e simples assim!
"...que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo..." Blog d'Paulo aos Filipenses, capítulo 2 verso 5 a 7
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por Hélder Reis Inocêncio
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